23 April 2007

VERTIGEM


Não quero amor
arrumadinho
busco a vertigem
o canto escuro
a voz rouca
e gritos incontornáveis.
quero fazer do seu corpo
o caminho para o meu
e, quem sabe, depois
a sede, a chuva
e o sal dos suores
que colhemos em nós.
Saramar

11 comments:

Anonymous said...

Gostei...
Um beijinho e votos de uma boa semana
littledragonblue

Ricardo Rayol said...

maravilhoso, muito sensual... lindo

João said...

tudo que inventarmos será nosso um dia, um beijo

sonhadora said...

Nada é por acaso.
Beijinhos embrulhados em abraços

o alquimista said...

Manhã submersa de palavras
Lava ardente nevoeiro
Uma nuvem que ameaça
Transfomar-se em aguaceiro...


A magia da atlântida dança no sul da ilha, saudade,
Transforma azul hortência
Em diamante de luz, que em meu peito arde


Mágico beijo

Ana M said...

a-do-rei o amor não arrumadinho e os gritos incontornáveis! mas, sempre que venho aqui nunca posso deixar de ler "ausência". ele sou eu. bisou.

SV said...

E mais difícil é manter no amor arrumadinho a febre que queima a rotina e faz nascer a cada dia o fervor do novo de novo.

Um beijo!

Sílvio

Moacy Cirne said...

De fato, um "amor arrumadinho" bão vale sequer um bom poema. No seu caso, a VERTIGEM diz tudo: e o bom poema se faz através da expressão exata. Parabéns.

Esyath said...

Saramar,

nada como desejar amar e ser amada intensamente, sem a modéstia da monotonia.
Parabéns!

Beijos (Des)conexos!;)

diovvani mendonça said...

E que o sal dos suores tempere e faça viver sempre o AMOR. AbraçoDasMontanhas.

Eu, sem clone said...

O prazer foi meu de ler vc no meu blog.

Suas poesias são de uma sensibilidade e de uma beleza tamanhas, que não posso adiar um comentário.
Vc não apenas cria, como rima.
Seus leitores são poetas também.
Ah, se no mundo existisse mais poesias e menos egoísmo!
Façamos a nossa parte.
Que Deus a continue abençoando para nos transmitir cada vez mais suas belas palavras. Muito obrigada, Saramar.
abs
Veneide